Notícias

BH: Capital da Energia Solar

Eleita no início deste ano pelo segundo ano consecutivo como a Capital Brasileira da Hora do Planeta, Belo Horizonte tem ocupado papel de destaque no que se refere ao reaproveitamento da energia solar. O título é concedido por um júri internacional para reconhecer iniciativas sustentáveis e conscientizar os países sobre as consequências do aquecimento global. Um dos fatores citados pelo júri que contribuiu para a vitória da capital mineira foi justamente o pioneirismo no reaproveitamento da energia solar.

“O setor é responsável por 75% das emissões de gases estufa incluindo a queima de combustíveis fósseis e a geração de eletricidade para o setor residencial é responsável por 48% das emissões”, diz o gerente de planejamento e monitoramento ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Weber Coutinho. Ele se baseou nos dados apresentados pelo Inventário Municipal de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Belo Horizonte em 2013, realizado anualmente desde 2008.

O uso pode ser a partir dos aquecedores solares, que convertem em energia térmica para esquentar água ou dos sistemas fotovoltaicos, que transformam a energia solar em elétrica. De acordo com levantamento do Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência, BH possui 326 metros quadrados de placas solares instaladas por mil habitantes, enquanto Minas tem 98,6 e o Brasil, 27,4.

Segundo Coutinho, com relação à área de energia fotovoltaica, o mercado tem se desenvolvido prioritariamente desde 2012. “O Brasil conta com apenas 500 usinas, sendo 98 delas em Minas, o estado que concentra o maior número delas. Na Alemanha, por exemplo, são 1,5 milhão”, afirma. A resolução normativa nº 482 da Aneel, publicada em 2012, permite que os sistemas fotovoltaicos sejam ligados às redes elétricas das concessionárias, no caso de Belo Horizonte, a Cemig. Caso o sistema produza mais energia elétrica do que o necessário para consumo, o excesso fica de crédito para o próximo mês.

“O aquecimento solar foi mais aceito por causa da viabilidade econômica e, desde a última década, é possível o ganho de 10% do desempenho térmico dos coletores solares”, afirma o engenheiro Rodrigo Trindade, diretor e fundador da Agência Energia, que trabalha com consultoria para instalação de sistemas conversores da energia solar há mais de 20 anos. Segundo ele, que teve contato com os sistemas de aquecimento solar e fotovoltaicos na mesma época, o custo para a instalação do aquecedor é de 3 mil a 5 mil reais para o consumo de 250 kWh por mês e a partir de 15 mil reais para o sistema fotovoltaico. Atualmente, BH possui mais de 3,6 mil edifícios residenciais, creches, hospitais e hotéis que adotam a tecnologia.

 

O professor José Afonso dos Santos, morador do bairro Goiânia, na região Nordeste de Belo Horizonte, optou pela instalação do aquecimento solar em casa há 13 anos. Ficou sabendo da tecnologia pelo irmão, que já havia instalado na própria residência e gostado. José Afonso estima que a economia na conta de luz foi de 45%. “Gostei tanto do resultado que instalei também na fazenda da família, na cidade de Luz, e na casa da minha filha, que reside em Florestal”, completa.

Apesar da procura menor, a instalação dos sistemas fotovoltaicos cresceu em torno de 80% nos últimos 2 anos, segundo Rodrigo Trindade. A justificativa é devido ao aumento da conta de energia e a redução do custo da instalação.

 

O empresário Igor Magalhães resolveu instalar o sistema fotovoltaico há 5 anos na casa em que mora no bairro Caiçara. Mas foi há 14 meses, quando abriu no mesmo endereço a Casa Gastronômica Expresso 500, que o ampliou ainda mais. “Já conhecia desde a época do colégio, mas, antes de instalar, resolvi pesquisar sobre fontes de energia alternativas que estavam disponíveis no mercado.”

 

 

 

 

 



Publicado em 12 de junho de 2015 / Revista Viver Brasil


Conte com a Agência Energia

Fale com um de nossos consultores através do formulário de contato.

Entrar em Contato