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Preço nunca deve ser o único critério para a contratação de obras e serviços de engenharia, aponta Milton Golombek, vice-presidente da ABEG

Diretor da Consultrix e vice-presidente da ABEG, o engenheiro Milton Golombek relata, sem citar nomes, um caso real envolvendo a contratação de serviços de engenharia pelo menor preço. Ao abordar essa experiência, que é prática comum na engenharia brasileira, Golombek chama a atenção para os efeitos negativos da contratação pelo menor preço, que traz prejuízos à qualidade e à segurança da obra, exigindo muitas vezes novos investimentos para a superação de patologias. “É o caminho do desastre”, conclui o engenheiro no artigo apresentado abaixo.


Círculo Vicioso

Uma incorporadora contratou, no auge do boom imobiliário, serviços profissionais de projetos de Fundações e Estruturas pelo critério de menor preço, ao invés de competência e histórico de sucesso dos projetistas. Grande parte das obras apresentou problemas de patologias em maior ou menor grau (trincas, recalques, desaprumos), cuja recuperação está custando milhões de reais, valores muitas vezes superiores à economia feita na contratação dos projetistas, além de inúmeras ações na Justiça em relação aos problemas.

Apesar disto, por uma Norma interna (compliance) da incorporadora, os responsáveis por contratações são proibidos de entrar em contato com os projetistas para discutir propostas. Simplesmente continuam fazendo concorrência de projetos (o que já é conceitualmente discutível), preenchendo planilhas comparativas e contratando pelo menor preço serviços profissionais de responsabilidade como os projetos de Fundações e de estruturas, como se estivessem comprando commodities.

É não aprender com os erros e continuar trilhando o caminho do desastre.

 



Publicado em 8 de fevereiro de 2017 / www.abeg.com.br


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