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Fabricante de coletor solar prevê estagnação em 2016

O mercado de aquecedores solares de água, que cresceu nos últimos anos a reboque do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, deve ficar estável ou registrar ligeira queda em 2016, em relação ao ano passado, de acordo com previsão do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (Dasol) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“A energia considerada alternativa, a cada dia, torna-se mais competitiva. O mercado tende a crescer. O problema é que o setor [de aquecimento solar] é muito atrelado à construção civil. Se conseguirmos ficar onde estamos já será um bom número [para 2016], afirmou o novo presidente do Dasol/Abrava, Amaurício Lúcio, em sua primeira entrevista no cargo.

Segundo o executivo, o mercado de aquecedores solares recuou entre 4% e 5% em 2015, em comparação com o ano anterior, já refletindo a queda do setor de construção civil. “Se não fosse a crise que o país está passando, [2015] seria um ano de crescimento”, completou ele, indicando que o custo da energia continuará crescendo a taxa superior à inflação, o que favorece a instalação de coletores solares.

Um incentivo para o segmento, segundo Lúcio, foi a aprovação, pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, do projeto de lei 5.733/09, que torna obrigatório o uso prioritário de energias alternativas nos sistemas de aquecimento de água em edifícios construídos com recursos do Sistema Financeiro da Habitação. De autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), o projeto inclui a adoção de normas que incentivem a utilização de fontes energéticas limpas no processo de aquecimento de água nas edificações públicas e privadas, entre as diretrizes gerais da política urbana dos municípios.

Como tramita em caráter conclusivo na casa, o texto precisa apenas da aprovação nas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania para entrar em vigor.

Segundo Lúcio, o uso de aquecedores solares em residência tem impacto significativo na economia de energia. De acordo com ele, o chuveiro elétrico, que responde por quase 7% de toda energia alétrica consumida no país, representa em média 40% do consumo de eletricidade residencial do país.

De acordo com ele, os aquecedores solares instalados no país hoje equivalem a 1,9% da matriz alétrica brasileira, de aproximadamente 140 mil megawatts.



Publicado em 28 de março de 2016 / Valor Econômico


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