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Nova ECO-nomia

O jornal britânico The Guardian, um dos mais respeitados e influentes do mundo, lançou uma ousada campanha de desinvestimento em combustíveis fósseis, estimulando energias limpas. A iniciativa tem o apoio de duas das maiores organizações filantrópicas do mundo, a Bill & Melinda Gates Foundation e do Wellcome Trust, que circulam o globo a procura de projetos de energia renováveis sócio-inclusivos. Ainda desconhecida no universo desses grandes investidores a Bahia tem vários projetos do tipo já em operação, e outros em construção – com recursos privados e de alto interesse público - para mostrar.
 

“O combustível fóssil acaba de perder a corrida com as energias renováveis. O mundo está agora adicionando mais capacidade de energia renovável a cada ano do que o carvão, gás natural e petróleo combinados. E não há como voltar atrás”, afirmou a Bloomberg.
 
A velocidade com que a nova eco-nomia se comunica é impressionante, conquistando espaços, recursos e impondo desinvestimentos à velha economia fóssil de alto carbono. Hoje, 42 bilhões de mensagens e 1,6 bilhões de fotos são compartilhadas diariamente no whatsapp, uma empresa de baixo carbono com apenas sete anos de existência. Os usuários do zap, que já criaram 1 bilhão de grupos, enviam diariamente 250 milhões de vídeos. A Agência Internacional de Energia Renovável estimou que o mercado de trabalho de energia renovável - zapeado - deverá crescer globalmente para 24 milhões de empregos até 2030 [9.2 milhões em 2014] aumentando o PIB global em US$1.3 trilhões de dólares.
 
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia, estima que apenas sistemas solares instalados nos telhados das residências brasileiras poderiam gerar o equivalente a 165 GigaWatts. O Brasil tem potencial para gerar dezenas de milhares de GWh de energia solar, muito mais que a soma de todas as demais fontes juntas, segundo a EPE, que vai além, informando que todo o consumo de energia elétrica anual poderia ser gerado com 2.400 km² de painéis fotovoltaicos, correspondente a uma área de 0,03% do território nacional.
 
Com as novas tecnologias, a barragem de Sobradinho, o maior lago artificial do Brasil com 4.214 km² de área, localizado na Bahia, pode receber células fotovoltaicas e produzir energia limpa multiplicando a capacidade da usina hidrelétrica. A multinacional japonesa Kyocera, focando no faturamento limpo, constrói uma nova fazenda solar flutuante localizada na barragem Yamakura com mais de 50.000 painéis solares fotovoltaicos, cobrindo uma pequena área de 0,18 km2 que fornecerá eletricidade para 5.000 famílias. O Banco Nacional de Abu Dhabi emitiu nota afirmando que a energia solar está a caminho de ser mais barata em 80% dos países dentro dos próximos dois anos.
 
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), salientou que algumas das atuais metrópoles já têm mais poder econômico do que países inteiros. Em 1950, apenas Nova York e Tóquio tinham mais 10 milhões de habitantes. Pelo ritmo acelerado de crescimento, em 2020 a área metropolitana de Xangai, na China, terá uma população de 170 milhões de pessoas, mais que o dobro da população da Alemanha. Apenas fontes renováveis de energia poderão oferecer soluções para reduzir a poluição do ar que sufoca essas cidades. Expandindo rapidamente a capacidade de geração solar, com 43 gigawatts de energia solar em 2015, a China (centro, em mandarin), supera a Alemanha, recordista mundial em energias limpas.



Publicado em 17 de fevereiro de 2016 / bahianoticias.com.br


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